![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tk8F0nFo3mwF3MbeyCc1TsvMAQDWa207E2bdTF0AHDfPBBRcLZ1xXfnyC2-1HEhGsaXw0ODsEiS6Fh2twAnIVkgN03_xoKHd89WhTNU3v9jSu-IYKh-CZe5o8UTkflBfQjFF6OsNwr=s0-d)
Proibido durante cerca de 30 anos nos Estados Unidos e no Reino Unido, Trópico de Câncer foi publicado originalmente em 1934. Eleito um clássico de literatura erótica desconstruiu tabus e desmistificou convenções no seu pouco apologético caminho em busca do desejo. Muitas vezes considerado pornográfico e obsceno, Trópico de Câncer evidencia uma sexualidade despojada, longe de amarras e preconceitos, sendo auto-designado pelo escritor como «um insulto prolongado, um escarro no rosto da Arte». Não somente a Arte se pode ter sentido beliscada como a generalidade dos homens do seu tempo, presos às regras ditadas pela sociedade e que viam em Trópico de Câncer um desafiar dos valores impostos e aceites pela sociedade. A linguagem sem freio, os temas invariavelmente de cama e o retrato das personagens pouco ortodoxo, muitas vezes ridicularizadas por uma crítica contundente e sem moral, projectaram Miller como alguém à frente do seu tempo, porventura um pouco desajustado, facto esse que o levou a viver em Paris, ex-libris das capitais, que considerava um local onde se mesclam as cidades da Europa e da América Central, e onde o escritor vivia sem recursos ou dinheiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário